domingo, 28 de setembro de 2014

Vinícius de Moraes - Biografia e Poemas


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     Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. A canção "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.

Sua produção poética passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã. A segunda fase vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor.
 Vinícius também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.






Deleitem-se nos poemas de Vinícius de Moraes


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

A Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida.
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.





sábado, 27 de setembro de 2014

Poesia em sala de aula


       Para Kirinus (2008), a criança desde os seus primeiros meses de vida, entra em contato com literatura e poesia. Ao ser inserido na escola, aluno passa a construir um conhecimento técnico, científico e literário. Logo, tal conhecimento passa do fantasioso (imaginário) para o real – isso não quer dizer que o aluno não expressará seus pensamentos através do imaginário: ele terá mais possibilidades de expressá-los, tanto no fantasioso, quanto no verbal, seja através da palavra ou de gestos, pois a poesia engloba vários itens para a comunicação. Sobre isso, a autora afirma (2008, p. 44):

A criança, à maneira do poeta, cria um mundo próprio, um mundo supra real onde investe energia criativa na construção, extensão e realização dos seus desejos. Ela tem consciência do seu ‘faz-de-conta’, sabe diferenciar o real e o imaginário, mas transita naturalmente entre os dois (...).




A aprendizagem do aluno é processual: do simples ao complexo. E para ensinar, é preciso que o professor tenha paciência e insistência. Através da poesia, a leitura se torna viva, além de zelar pelo esforço da compreensão do indivíduo que a lê. Ela cria um afeto pela linguagem, pela leitura e pela palavra, pois ao ler, firma-se um relacionamento com a obra e o leitor, a até mesmo com o autor e leitor. Por esse motivo, a escola não pode fragmentar o saber, nem tampouco o professor deve ser distante, frio. Ele está amparado pelo programa a ser seguido, entretanto, não pode ser difusor de um ensino movido por migalhas.
A poesia engloba o aspecto da diversidade, adentrando no mundo próprio do leitor e no mundo do outro, funcionando como um acontecimento humano, portanto, a escola, que é uma instituição social de ensino, deve aceitar a diversidade como um todo, seja social cultural e/ou poética. Logo, o ato de ler é uma forma de comunicação e absorção do conhecimento individual e sociocultural. A expressividade e a demonstração do sentimento através da língua se dá com a união de Literatura e Língua Portuguesa. Tudo é questão de poesia.



O indivíduo se depara com a poesia diariamente: ao escutar uma música que lhe se desperta emoções, assim como em uma imagem, em uma pessoa, até mesmo em um sorriso, pois como foi dito, ela pode estar presente em tudo, ou seja, sem o ser humano não existe poesia, ele é o seu autor, pois a sente.
Na sala de aula, tratando-se de poesia, é importante trabalhar com diferentes linguagens, sempre partindo do lúdico – do fácil para o mais difícil – a fim de atingir a maturidade linguística dos alunos a partir das linguagens verbal e não verbal. Dessa forma, o aluno estará dedicando a sua infância/adolescência e o professor a sua juventude e vida profissional ao propósito da difusão de conhecimento da língua, da comunidade e da cultura, em todos os aspectos, visto que a poesia não tem idade.


KIRINUS, Glória: Criança e poesia na pedagogia de Freinet. 3. ed. São Paulo:                  Paulinas, 2008.

         Texto escrito por: Ana Paula da Silva Castelo, Carla Caroline de Souza de Oliveira e Wilcilene Pena de Araújo.





Diário de Bordo

As TICs e a Educação


   No dia 27 de setembro de 2014, pela manhã, na aula de Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à Educação, ministrada pela Professora Especialista Dilciclei Ferreira da Silva, entendemos que as tecnologias de informação e comunicação, constituem um conjunto de ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas em diferentes áreas de atuação. 

   Para a Educação, a tecnologia traz diversos benefícios, pois, estimula o ensino-aprendizagem dos alunos; propicia ambientes de estudo além da escola, por meio da educação à distância, além de conseguir agrupar e democratizar o ensino.

Seguem alguns links que explanam sobre o tema abordado:




Imagem: http://rcpvarzim.blogspot.com.br/2010/07/importancia-das-tics.html